SÃO PAULO – Um jornalista de opiniões fortes,
difícil de se deixar convencer, mas extremamente tolerante em tempos de
intolerância. Assim profissionais que passaram pelo jornal “O Estado de
S.Paulo” e “Jornal da Tarde” (JT) definem Ruy Mesquita, que desde 1948
participou do Grupo Estado, ora comandando a redação, ora produzindo editoriais
e reportagens. O “Dr. Ruy”, como era chamado no jornal e por autoridades do
país todo, tinha um perfil conservador, mas era respeitado por grande parte dos
jornalistas que se rebelaram contra o regime militar. Não só porque o “Estadão”
e o “JT”, em repúdio à censura, publicavam textos de Camões e receitas de bolo,
mas porque Dr. Ruy tentava protegê-los dos repressores.
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