Quando terminou a partida entre alemães e brasileiros, quem continuou com atenção, diante da televisão assistiu um espetáculo raro.
A derrota, digo, a humilhação, poderia ter sido maior, foi o que percebemos, durante, e constatamos, depois do jogo. Enquanto jogadores brasileiros, visivelmente abalados, desamparados, envergonhados, jogados na grama do Estádio Mineirão, que presenciou a maior derrota de uma Seleção em Copa do Mundo, Os alemães mostraram uma solidariedade rara de se ver. Parecia que estavam desapontados com a vitória de 7X1. Sentiram, como se fosse neles, a vergonhosa derrota. Mais vergonhosa, porque se tratava da maior de todas as Seleções, cuja prova, a história conta, ao longo do tempo, quando confirma: A participação em todas as 20 Copas, com 5 Títulos de Campeão, e finalmente, a chegada às Semifinais, quando concorremos com 31 Seleções.
Não somos imbatíveis. Nesta vida, que conhecemos um pouco, sabemos que a duração de uma vitória, ou de uma derrota dura muito pouco. Assim, não somos vencedores por todo tempo, e nem perdedores. E é essa verdade, alias, que nos faz lutadores e esperançosos.
Presenciamos um ato de solidariedade dos que poderiam ignorar nossa dor. Afinal, isso faz parte do jogo. Mas, os verdadeiramente grandes, não se alegram com a humilhação do adversário. Isso faz parte do verdadeiro crescimento humano, de que o mundo, verdadeiramente, precisa.

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