Quando criança, temos como primeiros professores, os nossos pais, que
ensinam-nos a falar as primeiras palavras, a dá os primeiros passos...e por aí
vai.
Mestre, professor, instrutor, ou outro nome que se queira dá aos que
transmitem conhecimento, são as pessoas que nos inspiram e marcam nosso
despertar, quando o mundo do aprendizado nos é apresentado como uma mágica, lá
nos primeiros dias, nas salas com carteiras enfileiradas.
Em visita à minha cidade, Urbano Santos/MA, pude rever alguns amigos. Só
alguns, porque a visita foi muito breve, um pouco mais de duas horas. Nesse
curto tempo, reencontrei alguns amigos. Fui tratar de um assunto no cartório da
cidade. Lá encontrei, primeiro, um velho conhecido, Luís Carlos, o locutor
oficial da cidade. Não sei se ainda o é, mas para mim, cada vez que o vejo, me
vem à lembrança o locutor das campanhas políticas no início dos anos 70.
Eu estava assentado, quando entrou no local, digo, no cartório, João
Aderaldo, uma pessoa ilustre da cidade. Em épocas passadas, homem valente,
muito trabalhador, e provavelmente uma das melhores pessoas da cidade. Nunca vi
alguém pedir um favor a ele que não fosse atendido. Até, por exemplo o pedido
de alguém para pagar uma conta no bar.
Como acima, o título escrito é A Primeira Professora, vale lembrar que a
chefe do cartório, dona Nazaré Pestana, foi minha primeira professora.
No local, onde na época, lá por volta de 1969 a 1970 funcionava o clube
de festa da cidade, funcionava também uma escola, e meu pai colocou eu e minha
irmã mais velha para iniciar o ABC, e a professora, era exatamente dona Nazaré,
aquela senhora que há mais ou menos 45 anos depois, estava prestes a resolver
para mim, um problema: a segunda via de meu Registro de Nascimento.
A lembrança da primeira professora veio, quando o senhor de cabelos
grisalhos, que mais tarde fiquei sabendo que se tratava do locutor Luís Carlos,
chamou a senhora que estava em outra mesa...Nazaré...?! Sim, eu, nesse momento
falei: Dona Nazaré, a senhora foi minha primeira professora! Verdade, aquela senhora, a quem teci alguns elogios,
inclusive de que o tempo parecia ter esquecido dela, foi minha primeira
professora. Quando falava do esquecimento do tempo, é porque ela está muito
jovem.
A primeira professora, que não é a mãe, acredito que não se esquece. E
eu gostaria, se fosse um escritor, gostaria de escrever um livro, com o título:
A Primeira Professora. Porque, de um jeito ou de outro, é a primeira pessoa que
faz o papel da mãe, fora de casa. Mas, como não sou um escritor, faço uso dos
meios modernos que hoje temos. A era digital, que proporciona que talentos
sejam mostrados, sem tantas dificuldades, me permite escrever este pequeno e
simples texto. E deixo aqui uma sugestão: Que o respeito e o apreço, seja o
mínimo que bom senso nos permita oferecer aos nossos ex, atuais e futuros
professores.
À minha primeira professora, meus humildes, mas sinceros agradecimentos.
A letra A, que na época eu tinha dificuldades para fazer, foi melhorada com a
ajuda de sua mão.
Muito obrigado à Primeira Professora.
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