“Seria inacessível que alguém te mate/se cada bala custasse o que custa
um iate”. Um verso da canção La Bala, do grupo porto-riquenho Calle 13, denuncia a banalização da violência promovida pela indústria de armas. (https://www.brasildefato.com.br/2019/01/03/quem-perde-e-quem-ganha-com-a-liberacão-das-armas-de-fogo-no-brasil/).
Muitos são os argumentos contra o decreto do presidente Bolsonaro para facilitar a compra das armas de fogo no Brasil. Mas, muitos também acreditam que a posse dessas armas servirá de segurança.
Até autoridades do alto escalão do governo, no caso do ministro da justiça, quando perguntado sobre seu posicionamento acerca, justifica, dizendo que o governo cumpre uma ''promessa de campanha''.
Mesmo para os leigos no assunto, que porventura queira questionar a ''promessa de campanha'', argumentada pelo ministro, certamente serve de sugestão para perguntar sobre as outras promessas, como por exemplo, a que rejeitava em forma de críticas nas redes sociais a ''reforma da previdência'', proposta pelo então presidente Temer.
Alguém desinformado (?) pode dizer, que ''em outros anos as armas eram liberadas'' e todos viviam muito bem.
Me lembro do governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969), e de todos os outros até os dias de hoje, e não me recordo de algum desses governos terem liberado o uso de armas.
Quanto às exigências, talvez menores acerca, me recordo da pistolagem em alto nível, que eliminou vários sindicalistas, padres, como por exemplo o padre Josimo (10/05/86), na cidade de Imperatriz, o Sindicalista Chico Mendes (do estado do Acre), morto em 22/12/88, que lutou pela causa dos seringueiros, Ir. Dorothy (12/02/2005), a freira americana que lutava pela causa dos menos favorecidos no estado do Pará, dentre muitos outros.
Padre Josimo Tavares
Francisco Alves Mendes Filho - Chico Mendes
Dorothy Mae Stang - Ir. Dorothy
A vida é fundamentada em princípios, dentre os quais, a União e o ''Semear e Colher''. E aqui, tal qual o título do texto, não ousamos afirmar muita coisa. A gente pergunta, porque, a resposta, ou respostas são dadas, ou não, por cada um de nós, que, de forma individual, encontra dentro de si as lições que dão sentido à nossa existência
Quando um governo aceita, por exemplo, a violência com combate à violência, é porque ele perdeu o controle. Se a lei que pune, enfraquece a ponto de não desencorajar à prática do mal, é porque algo não está correto. E se por algum motivo, o ''sistema'' permite que isso aconteça, a sociedade se encaminha para um estado de calamidade.
Quem ganha com a liberação das armas de fogo? Quem arrecada com algum tipo de punição, quando uma arma é apreendida? Quem arrecada com o recolhimento dos impostos cobrados das indústrias de armas? Quem arrecada com a fabricação das armas? A arrecadação que o governo faz, beneficia de que forma ao povo? Quando alguém compra uma arma, compra também o direito de dela fazer uso indevidamente? Até que ponto você está protegido quando porta uma arma? Quando o delinquente fica sabendo que você está armado, ele recua, ou ele vai mais prevenido ''pra cima''? Mas. você, quando for abordado por um elemento indesejável, em caso de assalto, vai conseguir fazer a própria defesa? Se você feri-lo, a lei vai aceitar seu argumento como verdade?
São algumas ''perguntas bobas'' mesmo, que, pode até não levar a lugar algum, ou pode ser que evite que você entre em algumas encrencas.
Criticar o governo nem sempre é o correto, mas, às vezes nos ajuda a chegar a uma sociedade com menos problemas.
''Brigar'' com os outros nas redes sociais, por exemplo, em defesa de um candidato da simpatia, pode trazer inimizades, ou despertar você para o próprio erro. Obrigado!!!
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